sexta-feira, 28 de março de 2008

BBBairrismo

Na final da edição do Big Brother mais apertada de todos os tempos, novamente vimos boa parte do povo brasileiro tentando dar uma de Robin Hood. Gyselle (acho que é assim que se escreve) foi uma das participantes mais "picolé de chuchu" que o programa já teve. Por opção se isolou de todas as pessoas da casa e quando escolheu companhia, foi justamente a pior - o viado louco. Mas ela é piauiense e o povo do Piauí nunca teve tamanha glória! Veja você, ter uma piauiense participando no BBB foi motivo para que todo o povo de lá e de boa parte do nordeste votar em peso pela vitória da "sister", assim sem mais nem menos, como se pelo fato de ter nascido pobre, feia e piauiense ela merecesse ganhar uma competição que deveria escolher a pessoa mais legal entre 14 cabeças. Como é que uma mulher que fica 3 meses confinada e não faz nenhuma amizade pode ser esta pessoa? Pergunte ao povo do Piauí, que está querendo inclusive apurar a votação do programa pra dar o título pra sua conterrânea.

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A verdade é que essa edição foi uma das mais tosca de todas, por vários motivos:

1 - Fernando era o cara mais legal da casa. O problema dele foi ter ficado com aquela Natália, que mostou não valer o prato que come. O cara ficava lá, pagando de namoradinho da menina, enquanto a vagaba dançava e se esfregava nos dois punheteiros da casa (Rafinha e Felipe). O cara tentava ajudar a idiota a crescer e parar de se embebedar loucamente em todas as oportunidades que tinha e ela não dava bola. No dia em que Fernando saiu da casa, no instante em que fechou a porta, a vadia começou a comemorar a "liberdade" e dizer que iria beber todas. Francamente, eu tenho é pena desse tal de Fernando pelo papel de trouxa que ele fez.
2 - O papo que várias mulheres ficaram de não votar em mulher até o final do jogo, que as mulheres ainda tinham muito pra conquistar no Brasil e que elas não deveriam se eliminar. Pois todas as mulheres que eu conheço e admiro construíram o seu caminho sem precisar desse tipo de mentalidade benevolente de ninguém. Inventaram a política de cotas no BBB. E se uma das que falaram isso na casa tivesse que escolher entre votar em uma mulher e votar no negão da casa? Por um acaso a patricinha branca tem mais espaço a conquistar no Brasil do que o negro? Acho que não, né.
3 - O que eram aquele casal de babacas que ficavam se comportando feito crianças o tempo inteiro? A Tati era insuportável! Quando não estava chorando sem motivo algum ou fazendo filosofia barata, estava enchendo o saco do resto da casa com suas cantorias. E o Marcos é um banana, um pau mandado que passou o jogo inteiro tentando fazer - sem sucesso - uma sapata gostar dele. Que papelão! Ele tem mais é que conseguir o que ele quer e ir trabalhar como humorista do Zorra Total, o lugar desse ridículo é lá mesmo.
4 - O viado nem se fala. O cara conseguiu brigar com todo mundo na casa. Quando saiu, reclamou que o Bial rotulou ele quando o chamou de bissexual. Disse até que não gostava de rótulos. Mas tudo o que ele fez o tempo inteiro na casa foi rotular os outros.

Como em várias edições anteriores do BBB, ficou claro que nós somos mesmo é massa de manobra, que a edição influi terrivelmente em quem ganha e quem perde o programa e que eu sou um trouxa por continuar assistindo essa merda. Pior que isso, só se eu estivesse aqui criticando o último capítulo da novela.

domingo, 23 de março de 2008

Geni Bueno

Estou, no momento em que escrevo, me preparando para acompanhar o Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1. Tenho duas alternativas para ver a corrida e quatro alternativas para ouvir a narração. Explico: Posso ver o GP pela Globo e pelo SporTV e posso ouvir o narrador "de sempre" Galvão Bueno, posso ouvir o narrador escalado pelo SporTV e posso ouvir pelo rádio, na Band News FM e na Jovem Pan.
Dentre todas as alternativas, adianto que vou ficar com o tradicional duo Globo-Galvão. Não que não goste dos outros, mas a despeito dos erros da figura que narra todas as competições relevantes (e algumas irrelevantes) transmitidas pela Globo - erros aos quais estão sujeitos todos os que narram ao vivo -, eu não julgo ser o Galvão um locutor tão ruim quanto seus detratores o pintam. Entre erros e acertos, tem mais acertos na minha conta.
Claro que vão dizer que ele fala muita besteira, que ele é ufanista, que às vezes quer adivinhar o que está acontecendo, que gosta de dizer que circula nos meios políticos-desportivos, etc... Mas pergunto: Os outros também não fazem o mesmo, em maior ou menor intensidade? Será o Galvão tão ruim assim? Por que desperta tamanha repulsa? Deve ser porque não é "expert" em tudo o que narra.
O Brasil, terra dos "experts" - dos pilotos de Fórmula 1 sem carteira de habilitação; dos técnicos e jogadores de futebol da peladinha do fim-de-semana; dos levantadores e atacantes da seleção de vôlei da festa de confraternização da empresa; dos ginastas que não sabem dar cambalhotas; dos iatistas que não sabem nadar ou dar nós; do doente que acha que sabe mais que o médicos e se automedica; dos blogueiros (eu inclusive) que se acham escritores, cronistas e analistas políticos, culinários, esportivos e etc -, não admite que se erre em rede nacional. Assim como os torcedores "pachecos" dos brasileiros em todos os esportes não aceitam o que eles chamam de "ufanismo" do locutor oficial global. E os torcedores de times - que perderam, claro - que reclamam que o narrador estaria torcendo para o outro time.
O brasileiro é um povo esquisito. Ninguém assite novelas, BBB, Faustão, Gugu, Sérgio Mallandro, Silvio Santos, Raul Gil, Gilberto Barros, Luciana Gimenez e outros. Pergunto então eu: Por que esses artistas estão há tanto tempo em nossas telas e ganhando tanto? E pergunto ainda: Por que todo mundo sabe o que acontece na novela, quem são os BBBs, quais os convidados do Faustão e do Gugu, as pegadinhas do Sérgio Mallandro, as besteiras que a Luciana Gimenez fala, etc. se ninguém assiste? "Ah, é porque eu estava "zapeando" e parei no canal..."
Sei, sei...
E da mesma forma que ocorre com os artistas citados há pouco, todo mundo, no final das contas, acaba sempre ouvindo o Galvão.
Torço para que um dia esse esporte tão brasileiro, o "Jogar Coisas na Geni" seja reconhecido como esporte olímpico e narrado pelo Galvão Bueno, a Geni da locução esportiva.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sex Talk Shows & Mulheres

Talk shows que falam sobre sexo são sempre uma bosta. Eu tive uma grande idéia pra um talk show sobre sexo, que basicamente se resume a um apresentador que conheça vários trocadilhos atendendo telefonemas de ouvintes homens que queiram contar pra todo mundo suas experiências mais engraçadas ou até mesmo contar vantagem sobre uma aventura qualquer. Mas só podem ligar homens, porque a grande merda de talk shows de sexo são quando as mulheres ligam pra tirar as suas dúvidas. Sempre tem aquela mulher que tem problemas pra gozar e liga lá pra saber o que fazer. Pois bem, mulher: eu vou te contar qual é a real. Algumas mulheres normalmente têm dificuldade de gozar por pura falta de foco. Falta objetividade à mulher na hora do sexo. Nós homens sempre conseguimos gozar, não importa o quão feia ou quão gorda você seja. Se nosso instrumento se levanta, nós vamos gozar porque na nossa cabeça só há espaço pra você (ou alguém mais gostosa) naquele momento. Já a mulher vaga por pensamentos distantes e inúteis e o resultado é que ela perde a concentração. Durante o ato, pela cabeça de uma mulher passam milhões de coisas do tipo "será que ele gosta de mim ou quer só transar? E eu, gosto dele ou só estou há muito tempo sem sexo? Qual era o nome dele mesmo? Ah, lembrei! Será que ele sabe meu nome? Não estou gostando da cor dessa parede... eu lembrei de comprar leite no mercado hoje? Ih! Esqueci de colocar água pro cachorro! O que é que eu vou fazer amanhã mesmo?" Uma hora e meia depois, quando a cabecinha dispersa da mulher volta a sua atenção para o sexo novamente, nós já estamos gozando o ambiente inteiro. E o pior é que muitas ainda têm a cara de pau de perguntar “mas já?!” como se a gente não tivesse deixado nosso pinto esfolado de tanto meter! Tudo por causa dessa mania maldita que ela tem de botar a culpa no homem por qualquer coisa que dê errado. Nunca a culpa é da mulher se ela não consegue gozar. Isso porque as mulheres pensam que nós somos iguais a elas, mas não é bem por aí. Homens também têm um “ponto g”, que fica bem no meio das pernas e que, quando acionado, se levanta pra avisar a mulher da sua localização caso ela tenha alguma dificuldade. Todos os homens tem esse “ponto g” no mesmo lugar e uma vez que a mulher aprende a usá-lo, bingo! Nunca mais ela vai precisar aprender mais nada sobre fisiologia masculina. As mulheres também têm um “ponto g”, só que cada uma em um lugar diferente. Se você, homem, aprendeu como fazer sua mulher gozar e deixá-la satisfeita, não tente levar isso pra cama com outra mulher. Ela é uma máquinta completamente diferente, que não vem com manual de instruções e não faz a menor questão de te ajudar a ajudar ela mesma. Tudo isso pra quê? Pra poder ligar pra um talk show e nos fazer sentir culpa. E quer saber? Nos culpar talvez seja verdadeiramente o maior prazer que uma mulher pode sentir na vida, muito maior que os orgasmos múltiplos que ela parece que faz questão de não ter.

 
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