terça-feira, 1 de julho de 2008

Manifesto Do It For Me

Essa é pra você que nunca teve vontade de usar um martelo. Pra você que jamais pensou em ter uma caixa de ferramentas. Pra você que tem como limite de tarefa doméstica a simples troca de uma lâmpada incandescente. Sim senhor! Nós somos livres para ser completamente incompetentes para este tipo de tarefas! Não temos a menor obrigação de saber como consertar uma geladeira, como trocar o botijão de gás, como pintar a parede do quarto nem sequer com saber quantos paus se faz uma canoa. Não senhor... existe alguém capacitado e sindicalizado para realizar esta tarefa. Esse manifesto vai em nome daqueles que não têm vergonha em sempre chamar o zelador do prédio, o segurança da rua ou qualquer outra pessoa que saiba realizar consertos básicos e tarefas gerais. Nós não sabemos, não queremos saber e não temos raiva de quem sabe unicamente porque precisamos dos seus conhecimentos. Por que do it yourself se somebody does it for me a preços razoáveis?! Nós podemos e queremos evitar esse tipo de aborrecimento. Portanto, não faça você mesmo se você não tiver vontade ou não souber o que está fazendo. Chame alguém para fazê-lo e recompense-o no final.

Viva la revolución!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sr. Ouvidor. Não fale, apenas ouça.

Fugindo ao costume de escrever à noite, este post foi feito logo pela manhã após ouvir declarações risíveis do novo Ouvidor da BHTRANS (empresa que controla o trânsito em Belo Horizonte), cujo nome não me vem à memória.

Em entrevista à rádio Band News FM local, o ouvidor disse duas pérolas:

1- A BHTRANS não é responsável pelos problemas de trânsito de Belo Horizonte. (!!!???)

2- A imprensa dedica uma página para reclamar do trânsito, mas seis páginas para "vender carros". (!!!???)

Quanto à primeira assertiva, presumo que o Ouvidor esclareceu as dúvidas dos cidadãos de Belo Horizonte, já que deixou patente que a BHTRANS é responsável somente pela aplicação de multas, onde os fiscais que atingirem a meta de 18 (dezoito) multas por dia ganham um dia de folga extraordinária. Por outro lado, se a BHTRANS não existe para solucionar os problemas de trânsito, qual a razão de sua existência? Mal utilizar o dinheiro do contribuinte?

Quanto à segunda afirmação, esquece-se o Ouvidor que a imprensa vende anúncios para poder fazer frente aos seus custos e gerar lucro, como qualquer empresa? Tal afirmação, somada à outra que ouço diariamente na mesma rádio de notícias, de que "Segundo a BHTRANS, o trânsito está retido devido ao grande número de veículos nas ruas", me fez compreender que, para a BHTRANS, os culpados do caos no trânsito são os veículos! Acabem com os veículos que o trânsito melhora!

Ora, ora! Senhor Ouvidor, não seria o caos no trânsito decorrente da falta de uma política decente de transporte público, onde a BHTRANS tem fundamental papel para sua implementação? Não seria o caos no trânsito decorrente da falta de planejamento viário e semafórico, onde também a BHTRANS tem papel fundamental? Não seria o caos no trânsito decorrente da falta de destinação correta do dinheiro arrecadado com as milhares de multas diárias, dinheiro este que a BHTRANS ajuda a destinar?

Não, não, meus senhores. Para a BHTRANS, o problema do trânsito é o trânsito! Acabe com ele e acabarão os problemas. Acabam-se os problemas e a BHTRANS passará a ser o que - parece - mais deseja sua direção, que se esforça desde sempre, através de sua falta de atitudes concretas, para isso: Um local onde se ganha o salário sem trabalhar, sem pensar em soluções. Como acontece com a grande maioria dos órgãos ligados ao poder público.

Senhor Ouvidor, aceite meu conselho: Ouça mais e fale menos.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Telhados de cristal

Lembram do caso Max Mosley e sua orgia com motivos nazi-sadomasoquistas? Pois é. Pelo menos junto à FIA o caso está solucionado, ficando pendentes apenas as ações judiciais de Max Mosley contra o tablóide News Of The World (iniciais maiúsculas porque o jornal é conhecido como NOTW). A FIA aprovou uma "moção de confiança" ao seu presidente, que sai extremamente fortalecido politicamente e vê seu desafeto da vez, o agora ex-parceiro Bernie Ecclestone, enfraquecido.
O voto dos que poderiam derrubar Max - assim como ocorreu no caso Renan Calheiros - foi secreto, o que explica a não derrocada do homem forte da Fórmula 1. Explica porque, assim como no caso Renan, todos ali têm seu suntuoso telhado feito do mais fino cristal. Nelson Piquet disse algo mais ou menos assim a respeito do episódio envolvendo Max: "Estou decepcionado com o Max... decepcionado porque fez uma festa dessa e não me convidou. Todo mundo na Fórmula 1 faz dessas coisas (orgias)."
Porém o "tema" da orgia foi um campo de concentração, e isso não pode! Como não pode, se há grupos neonazistas por toda a Europa e América (inclusive aqui no Brasil)? E em respeito à liberdade, desde que não estejam praticando atos ilícitos - como apologia ao crime -, esses grupos podem se manifestar à vontade.
O que Max fez de ilícito foi trair sua família, e isso se resolve no âmbito familiar e judicial, na vara de família. Não estou defendendo o que Max Mosley fez, mas também não posso dizer que cometeu um crime. Suas perversões sexuais, realizadas com ajuda de profissionais, a despeito de o exporem a uma situação constrangedora, não podem ser tratadas como crime, porque não houve qualquer lesão a direito de terceiros, somente ao próprio Max. E nem se fale que o tema da "festinha" feriu algum direito dos Judeus, porque a orgia foi realizada sem a presença de qualquer judia e privadamente.
E o Ronaldo, hein? Agrediu algum grupo gay ao ter contratado os travestis e os dispensado pagando o programa? E se não os tivesse dispensado? Teria ferido os direitos dos homossexuais? Qual a diferença entre o que Ronaldo e Max fizeram? Só o tema. No fundo os mais prejudicados foram eles próprios.
O fato é que o que é privado vai se tornando público com cada vez mais frequência. E o que não é crime vai assim se constituindo perante uma opinião pública que leva a bandeira do lema "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço". E quando os f'rágeis representantes dessa opinião pública têm a chance de votar secretamente, sabendo inclusive que cedo ou tarde poderão estar sob a mira de uma artilharia de flashes... ABSOLVA-SE!!!!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Hoje teve marmelada

Arrumarei um emprego para os bons atletas chineses, das modalidades de ginástica olímpica e artística, que não conseguiram se classificar para as olimpíadas em seu país: circenses. Acabo de voltar do Cirque du Soleil, que acredito não ser nada além de um circo chique, e não vi nada nos circenses (tirando as contorcionistas) que Diego Hypolito e Daiane dos Santos não façam com um pé nas costas. Além do mais, são 2hs de espetáculo e 80% desse tempo é tomado por palhaços, que em raríssimos momentos são engraçados. Se tivesse que pagar, ainda mais pagar os preços que eles cobram, não iria nunca. Ah: eles também não têm macacos fantasiados, o que faz com que os palhaços percam 50% da graça.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cotidiano

* Ronaldo é um fenômeno. Se o cara peida, tem um repórter pra cheirar. Não é possível que ele não desconfiou que uma farra num pulgueiro com 3 putas ia cair na boca do povo. E é realmente decepcionante, posto o farto histórico de beldades que passaram por sua vida, que ele se preste a papéis desse tipo. Mesmo que pagar prostitutas acabe saindo mais barato do que sustentar as idas e vindas de suas namoradas.

* Falando sério agora: Noticiar os fatos é importante, mas já está passando dos limites o show que a imprensa está fazendo com os dois crimes monstruosos em evidência ultimamente: o assassinato de Isabella e o austríaco que prendeu e estuprou a filha por 24 anos num porão. No caso Isabella, um bando de urubus desocupados fica 24hs por dia na frente do prédio da menina ou dos pais dela, pra aparecer na TV cobrando justiça. Aqui em São Paulo vimos em reportagens locais pessoas que tinham faltado ao trabalho pra "acompanhar o caso de perto" dando entrevistas, orgulhosos de seus feitos. Existem muitas maneiras de cobrar justiça, mas o povo brasileiro quer é aparecer nesse show mórbido.

* Voltando a falar babozeiras, celebridades vivem mesmo em outro mundo. Esses dias eu vi o Vitor Fasano passeando pelo shopping, interpretando o papel de quem quer ser uma pessoa normal e não ser reconhecido no meio da multidão. Advinha quem era o único pateta dentro do shopping que estava de óculos escuro e boné? Isso sem contar que ele já deu em cima de um amigo meu. Não sei o que é que meus amigos tem pra se tornarem alvo de celebridades de gosto sexual duvidoso. Um foi assediado por Vitor Fasano, outro foi assediado por Emílio Santiago dentro de um banheiro (chamou pra fazer xixi juntinho)... nessas horas eu agradeço por ser feinho.

* Li em portais outro dia que Yoko Ono e uma empresa estão brigando por um vídeo sobre John Lennon, onde ele aparece fumando maconha, falando sobre drogas e cogitando a possibilidade de jogar LSD no chá de Richard Nixon. John Lennon, como a maioria dos artistas do mundo, era um idiota que vivia em outro plano, o que pretty much explica o seu talento para as artes. Só espero que não divulguem esse vídeo como se fosse uma mensagem do cara sobre os caminhos para a felicidade e a paz mundial. Se é pra divulgar vídeos de ídolos do rock mortos, faz melhor a empresa que vai lançar um vídeo pornô que Jimi Hendrix fez antes de morrer.

* Falando em maconha, Marcelo Antony disse que a droga nunca atrapalhou a sua vida e que o que o atrapalha é a violência e a corrupção. Não sei quanta maconha ele fumou pra não enxergar a estreita relação entre as coisas que atrapalham a sua vida e a droga que ele compra, que certamente não foi plantada por hippies de bom coração numa fazendinha na região de Pirenópolis - GO.

* Sou pela manutenção de gostosas nos comerciais de cerveja! Quero viver num mundo onde meus filhos tenham a oportunidade de serem expostos a peças publicitárias como esta: http://www.youtube.com/watch?v=ZOc-j8lPJ48
Com uma música dessas no fundo, com uma mulher maravilhosa dessas pela frente, desce até Cerveja Cristal.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Política e mulheres traídas

Americano é tudo besta mesmo. O sexo é assunto normal, o adultério não é crime, ser gay lá é razoavelmente normal, mas quando se trata de um político, é o fim do mundo. Eles aceitam comportamento parecido ou pior em quase todas as celebridades que veneram, o que deveriam esperar do cara que está lá pra ser representante do povo? Mas cá pra nós, quem sofre mesmo são as mulheres desses caras. Não bastasse estarem casadas com clientes regulares de putas, viados ou somente adúlteros, não bastasse o país inteiro saber disso, elas ainda têm que engolir o sapo e aparecer ao lado do marido, declarando apoio e perdão, abrindo mão da posição de vítima – sim, porque se essas mulheres pedissem o divórcio imediato, o povo americano estaria ao seu lado muito mais do que de qualquer político – para salvar o que restou da imagem pública do marido. Fica aqui meu sentimento de respeito a estas mulheres, que de certa forma abriram mão do auto-respeito e do respeito alheio em prol da carreira política daqueles as traíram. Não acho que isso seja certo, mas entendo que deve ser extremamente difícil viver assim.

sexta-feira, 28 de março de 2008

BBBairrismo

Na final da edição do Big Brother mais apertada de todos os tempos, novamente vimos boa parte do povo brasileiro tentando dar uma de Robin Hood. Gyselle (acho que é assim que se escreve) foi uma das participantes mais "picolé de chuchu" que o programa já teve. Por opção se isolou de todas as pessoas da casa e quando escolheu companhia, foi justamente a pior - o viado louco. Mas ela é piauiense e o povo do Piauí nunca teve tamanha glória! Veja você, ter uma piauiense participando no BBB foi motivo para que todo o povo de lá e de boa parte do nordeste votar em peso pela vitória da "sister", assim sem mais nem menos, como se pelo fato de ter nascido pobre, feia e piauiense ela merecesse ganhar uma competição que deveria escolher a pessoa mais legal entre 14 cabeças. Como é que uma mulher que fica 3 meses confinada e não faz nenhuma amizade pode ser esta pessoa? Pergunte ao povo do Piauí, que está querendo inclusive apurar a votação do programa pra dar o título pra sua conterrânea.

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A verdade é que essa edição foi uma das mais tosca de todas, por vários motivos:

1 - Fernando era o cara mais legal da casa. O problema dele foi ter ficado com aquela Natália, que mostou não valer o prato que come. O cara ficava lá, pagando de namoradinho da menina, enquanto a vagaba dançava e se esfregava nos dois punheteiros da casa (Rafinha e Felipe). O cara tentava ajudar a idiota a crescer e parar de se embebedar loucamente em todas as oportunidades que tinha e ela não dava bola. No dia em que Fernando saiu da casa, no instante em que fechou a porta, a vadia começou a comemorar a "liberdade" e dizer que iria beber todas. Francamente, eu tenho é pena desse tal de Fernando pelo papel de trouxa que ele fez.
2 - O papo que várias mulheres ficaram de não votar em mulher até o final do jogo, que as mulheres ainda tinham muito pra conquistar no Brasil e que elas não deveriam se eliminar. Pois todas as mulheres que eu conheço e admiro construíram o seu caminho sem precisar desse tipo de mentalidade benevolente de ninguém. Inventaram a política de cotas no BBB. E se uma das que falaram isso na casa tivesse que escolher entre votar em uma mulher e votar no negão da casa? Por um acaso a patricinha branca tem mais espaço a conquistar no Brasil do que o negro? Acho que não, né.
3 - O que eram aquele casal de babacas que ficavam se comportando feito crianças o tempo inteiro? A Tati era insuportável! Quando não estava chorando sem motivo algum ou fazendo filosofia barata, estava enchendo o saco do resto da casa com suas cantorias. E o Marcos é um banana, um pau mandado que passou o jogo inteiro tentando fazer - sem sucesso - uma sapata gostar dele. Que papelão! Ele tem mais é que conseguir o que ele quer e ir trabalhar como humorista do Zorra Total, o lugar desse ridículo é lá mesmo.
4 - O viado nem se fala. O cara conseguiu brigar com todo mundo na casa. Quando saiu, reclamou que o Bial rotulou ele quando o chamou de bissexual. Disse até que não gostava de rótulos. Mas tudo o que ele fez o tempo inteiro na casa foi rotular os outros.

Como em várias edições anteriores do BBB, ficou claro que nós somos mesmo é massa de manobra, que a edição influi terrivelmente em quem ganha e quem perde o programa e que eu sou um trouxa por continuar assistindo essa merda. Pior que isso, só se eu estivesse aqui criticando o último capítulo da novela.

domingo, 23 de março de 2008

Geni Bueno

Estou, no momento em que escrevo, me preparando para acompanhar o Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1. Tenho duas alternativas para ver a corrida e quatro alternativas para ouvir a narração. Explico: Posso ver o GP pela Globo e pelo SporTV e posso ouvir o narrador "de sempre" Galvão Bueno, posso ouvir o narrador escalado pelo SporTV e posso ouvir pelo rádio, na Band News FM e na Jovem Pan.
Dentre todas as alternativas, adianto que vou ficar com o tradicional duo Globo-Galvão. Não que não goste dos outros, mas a despeito dos erros da figura que narra todas as competições relevantes (e algumas irrelevantes) transmitidas pela Globo - erros aos quais estão sujeitos todos os que narram ao vivo -, eu não julgo ser o Galvão um locutor tão ruim quanto seus detratores o pintam. Entre erros e acertos, tem mais acertos na minha conta.
Claro que vão dizer que ele fala muita besteira, que ele é ufanista, que às vezes quer adivinhar o que está acontecendo, que gosta de dizer que circula nos meios políticos-desportivos, etc... Mas pergunto: Os outros também não fazem o mesmo, em maior ou menor intensidade? Será o Galvão tão ruim assim? Por que desperta tamanha repulsa? Deve ser porque não é "expert" em tudo o que narra.
O Brasil, terra dos "experts" - dos pilotos de Fórmula 1 sem carteira de habilitação; dos técnicos e jogadores de futebol da peladinha do fim-de-semana; dos levantadores e atacantes da seleção de vôlei da festa de confraternização da empresa; dos ginastas que não sabem dar cambalhotas; dos iatistas que não sabem nadar ou dar nós; do doente que acha que sabe mais que o médicos e se automedica; dos blogueiros (eu inclusive) que se acham escritores, cronistas e analistas políticos, culinários, esportivos e etc -, não admite que se erre em rede nacional. Assim como os torcedores "pachecos" dos brasileiros em todos os esportes não aceitam o que eles chamam de "ufanismo" do locutor oficial global. E os torcedores de times - que perderam, claro - que reclamam que o narrador estaria torcendo para o outro time.
O brasileiro é um povo esquisito. Ninguém assite novelas, BBB, Faustão, Gugu, Sérgio Mallandro, Silvio Santos, Raul Gil, Gilberto Barros, Luciana Gimenez e outros. Pergunto então eu: Por que esses artistas estão há tanto tempo em nossas telas e ganhando tanto? E pergunto ainda: Por que todo mundo sabe o que acontece na novela, quem são os BBBs, quais os convidados do Faustão e do Gugu, as pegadinhas do Sérgio Mallandro, as besteiras que a Luciana Gimenez fala, etc. se ninguém assiste? "Ah, é porque eu estava "zapeando" e parei no canal..."
Sei, sei...
E da mesma forma que ocorre com os artistas citados há pouco, todo mundo, no final das contas, acaba sempre ouvindo o Galvão.
Torço para que um dia esse esporte tão brasileiro, o "Jogar Coisas na Geni" seja reconhecido como esporte olímpico e narrado pelo Galvão Bueno, a Geni da locução esportiva.

terça-feira, 18 de março de 2008

Sex Talk Shows & Mulheres

Talk shows que falam sobre sexo são sempre uma bosta. Eu tive uma grande idéia pra um talk show sobre sexo, que basicamente se resume a um apresentador que conheça vários trocadilhos atendendo telefonemas de ouvintes homens que queiram contar pra todo mundo suas experiências mais engraçadas ou até mesmo contar vantagem sobre uma aventura qualquer. Mas só podem ligar homens, porque a grande merda de talk shows de sexo são quando as mulheres ligam pra tirar as suas dúvidas. Sempre tem aquela mulher que tem problemas pra gozar e liga lá pra saber o que fazer. Pois bem, mulher: eu vou te contar qual é a real. Algumas mulheres normalmente têm dificuldade de gozar por pura falta de foco. Falta objetividade à mulher na hora do sexo. Nós homens sempre conseguimos gozar, não importa o quão feia ou quão gorda você seja. Se nosso instrumento se levanta, nós vamos gozar porque na nossa cabeça só há espaço pra você (ou alguém mais gostosa) naquele momento. Já a mulher vaga por pensamentos distantes e inúteis e o resultado é que ela perde a concentração. Durante o ato, pela cabeça de uma mulher passam milhões de coisas do tipo "será que ele gosta de mim ou quer só transar? E eu, gosto dele ou só estou há muito tempo sem sexo? Qual era o nome dele mesmo? Ah, lembrei! Será que ele sabe meu nome? Não estou gostando da cor dessa parede... eu lembrei de comprar leite no mercado hoje? Ih! Esqueci de colocar água pro cachorro! O que é que eu vou fazer amanhã mesmo?" Uma hora e meia depois, quando a cabecinha dispersa da mulher volta a sua atenção para o sexo novamente, nós já estamos gozando o ambiente inteiro. E o pior é que muitas ainda têm a cara de pau de perguntar “mas já?!” como se a gente não tivesse deixado nosso pinto esfolado de tanto meter! Tudo por causa dessa mania maldita que ela tem de botar a culpa no homem por qualquer coisa que dê errado. Nunca a culpa é da mulher se ela não consegue gozar. Isso porque as mulheres pensam que nós somos iguais a elas, mas não é bem por aí. Homens também têm um “ponto g”, que fica bem no meio das pernas e que, quando acionado, se levanta pra avisar a mulher da sua localização caso ela tenha alguma dificuldade. Todos os homens tem esse “ponto g” no mesmo lugar e uma vez que a mulher aprende a usá-lo, bingo! Nunca mais ela vai precisar aprender mais nada sobre fisiologia masculina. As mulheres também têm um “ponto g”, só que cada uma em um lugar diferente. Se você, homem, aprendeu como fazer sua mulher gozar e deixá-la satisfeita, não tente levar isso pra cama com outra mulher. Ela é uma máquinta completamente diferente, que não vem com manual de instruções e não faz a menor questão de te ajudar a ajudar ela mesma. Tudo isso pra quê? Pra poder ligar pra um talk show e nos fazer sentir culpa. E quer saber? Nos culpar talvez seja verdadeiramente o maior prazer que uma mulher pode sentir na vida, muito maior que os orgasmos múltiplos que ela parece que faz questão de não ter.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Não perca seu tempo lendo este post

Hoje eu estou com vontade de escrever alguma coisa. Não tenho assunto, portanto vou ficar aqui, só escrevendo, ouvindo o barulho dos meus dedos batendo nas teclas do teclado enquanto olho para o monitor e vejo as palavras se formando. Palavras quaisquer, sobre assunto nenhum, quem sabe até uma idéia incompleta que leve qualquer um a pensar que o nada que eu escrevo significa alguma coisa.

Mas não. Não há alegria, nem tristeza. Não há melancolia, nem euforia. Não há amor, nem ódio, nem sequer uma paixão daquelas que você acha que é amor, mas não é. Não há problemas, não há soluções, não há vaidade inveja ou qualquer outro sentimento. Somente o som das teclas sendo pressionadas pelos meus dedos, enquanto eu fico olhando as palavras se formando no fundo branco do editor de textos.

E quer saber de uma coisa? Eu gostei, ainda que dessas palavras todas que eu escrevi não brotem nenhuma idéia e que nelas não se vislumbre sequer um rascunho. E vai assim mesmo pro blog, sem que eu tenha escutado nenhuma vez meu dedo pressionar o backspace. Droga. Errei na hora de escrever backspace.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Fazer o que se gosta e gostar do que se faz (ou viva Romário, Guga e Ronaldo)

Demorei para escrever, mas antes tarde do que nunca. Nossos grandes campeões estão vivendo dias difíceis. Ronaldo em uma nova via crucis cirúrgica e fisioterápica. Guga, o brasileiro que ficou um ano completo como número um do mundo, despedindo-se das quadras. Os dois com problemas físicos que os levaram à "invalidez competitiva". Romário abandonando aos poucos os campos.

O que há de semelhanças e diferenças entre Romário, Guga e Ronaldo?

Primeiro as semelhanças: os três são campeões, mais reconhecidos no resto do mundo do que no Brasil imediatista, no Brasil que só dá valor ao campeão da vez, no Brasil que quer ídolos sem defeitos e no Brasil que não aceita nada além da vitória.
As diferenças: Ronaldo e Guga vivem seu ocaso em virtude de problemas físicos; seus corpos não aguentaram o peso das competições de alto nível e agora cobram o (alto) preço. Romário, por sua vez, tem a idade como fator preponderante do fim de sua carreira.

Dito isto, acho que a diferença entre os três é um mero detalhe: o modo como encararam a vida e o esporte.

Ronaldo e Guga gostavam do que faziam. Viveram para isso, treinaram e se dedicaram às competições de alto nível. E encontraram a realização no esporte. Viveram grandes alegrias e, agora, a tristeza definitiva para Guga, e um caminho triste em direção ao fim para Ronaldo. Amavam o esporte. Para estes, vejo que em determinado momento o amor pelo esporte se transformou em carreira de sucesso, exigindo-lhes o comportamento e dedicação inerentes às exigências profissionais. Guga se despediu, Ronaldo se despedirá, ambos sofrerão a perda de algo que faz parte de suas vidas, mas ambos gozarão felizes a aposentadoria, ainda que de vez em quando voltem às quadras ou aos campos com os amigos.

Romário fazia o que gostava. Viveu para isso, mas não treinou tanto assim... E encontrou a realização no esporte. Viveu grandes alegrias e, agora, a tristeza. Amava o futebol (não o esporte em si), como uma criança. Para ele, o amor pelo futebol se transformou em carreira de sucesso, mas Romário não se rendeu ao comportamento e à dedicação que o profissionalismo lhe impunha.

Talvez por isso Romário não consiga parar. Nunca. Romário é daqueles que fará vinte jogos de despedida e não conseguirá se despedir. Talvez com 50 anos esteja jogando em algum time da 3a divisão. Quando Romário não puder mais jogar, não gozará feliz sua aposentadoria.

Dizem que um verdadeiro campeão deve saber a hora de parar. Com Pelé foi assim, com Garrincha não. Romário está mais para um Garrincha moderno, que diferentemente do verdadeiro soube aproveitar bem o dinheiro que seu amor (o futebol) lhe proporcionou, do que para um Pelé. A diferença? Edson amava seu alter ego Pelé, e quis dar ao seu amor uma presença eterna na história esportiva. Romário é simplesmente Romário, que ama o futebol mais do que ama sua própria imagem.

Aos três, Romário, Ronaldo e Guga, muito obrigado!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Desculpa o Tchan! (II)

De fato, o que vemos hoje tocando em todas as rádios e boates, ainda por cima com direito a legenda no multishow faz o tchan da Carla Perez parecer brincadeira de criança. Mas o que podemos esperar de crianças que cresceram achando tudo aquilo bonito e normal? Estamos vivendo um processo de idiotização do ser humano, onde os valores materiais são mais importantes do que qualquer coisa, seja respeito ao próximo ou amor próprio, como é possível ver nos clipes onde há pelo menos 4 boazudas ostentando grifes famosas e se esfregando nos rappers, que por sua vez, fazem pose de bandido. Essa discussão sobre valores morais na música é velha e eu sou daqueles que defende que o sexo pode estar presente nas músicas sim, desde que haja o respeito ao ouvinte. Os trocadilhos sutis de outros tempos já não existem mais e o que ouvimos hoje nada mais é do que uma baixaria explícita e generalizada. O rapper americano tem no funk brasileiro o seu equivalente nacional, mas o funk brasileiro, com o mesmo nível de baixaria, é uma coisa menos difundida. Por um instante isso até me fez pensar que o Brasil não é tão ruim assim, mas depois caiu a ficha que é só uma questão de tempo até que nós tenhamos os nossos astros da música pornô anunciados como atração principal do Domingão do Faustão. Em suma, os idiotas brasileiros são pouco diferentes dos idiotas americanos. Daqui há 5 ou 10 anos, quando a grande indústria tiver arrancado tudo que poderia arrancar dessa moda e ela não estiver valendo mais nada, o que vai separar o rapper americano do rapper brasileiro é que o primeiro vai tentar se manter em evidência arrumando barracos na mídia ou em reality shows e o segundo se anunciando como evangélico.

Desculpa o Tchan!

Dias atrás eu pensei que se encontrasse a Carla Perez, as Sheilas, o Compadre Washington ou o Jacaré em algum lugar eu lhes deveria um pedido de desculpas.
Ultimamente, as cantoras que dominam o mercado musical mundial estão abusando muito mais da sensualidade e da sexualidade em suas letras do que o Tchan e seus clones já fizeram com suas - agora inocentes - letrinhas de duplo sentido.
Basta assistir a qualquer canal ou programa de videoclipes (alguns têm a tradução das letras) para constatar isso. As garotas se proclamam promíscuas, falam de sexo em níveis pornográficos e dançam como se estivessem se apresentando em um clube de strip-tease ou participando de uma orgia. Tudo isso vestindo as melhores griffes, ostentando os melhores carros e jóias e declarando amor por bandidos. Sim, hoje a moda é namorar bandidos, de preferência que já tomaram muitos tiros e tratam as mulheres como os cafetões.
E tudo isso com a complacência e admiração - tratam essas moças como divas - de quem achava a turma do Tchan, Tchum e Tchakabum vulgar!
Por isso acho que devo desculpas ao Tchan. Se elas vivessem na terra do Tio Sam, certamente já seriam divas milionárias, estrelas de primeira grandeza no mundinho das celebridades femininas fono-pornográficas. Ou seja, as pobrezinhas das rebolantes tupiniquins estiveram no lugar e no tempo errados.

Evite os idiotas

Publicado em 19/08/2005 (http://murronorim.blogspot.com/2005/08/evite-os-idiotas.html)

Uma coisa que eu detesto é argumentar contra idiotas. É praticamente nula a possibilidade de uma troca de idéias civilizada quando se discute com algum idiota. E claro, todas as argumentações e discussões são na verdade uma guerra pela razão. As partes envolvidas definem estratégias, jogam até que os argumentos do seu oponente acabem, e aí fica claro para ambos quem saiu vitorioso no embate de palavras, embora não haja necessidade de o perdedor se assumir como tal súbita e publicamente. A cara de bunda e o longo silêncio de quem não esperava por um argumento tão incisivo e direto falam mais alto. No fundo, ele sabe que perdeu e perder sempre é uma bosta, porque depois, se ele não for um idiota, ele com certeza vai ficar pensando no que poderia ter falado para fortalecer o seu ponto de vista, no que poderia ter replicado para desestabilizar o seu oponente, enfim, em muitos meios que fariam com que vencer a discussão fosse possível. Eu diria que vencer a discussão é mais fácil quando se argumenta contra alguém inteligente do que quando se argumenta contra um idiota. Além do idiota não entender muito bem o seu ponto de vista, ele não consegue montar uma base de argumentos sólidos para lançá-los contra você e por isso, na maioria das vezes, ele se apega a uma frase de efeito qualquer e fica repetindo esta até que os seus tímpanos estourem e que a sua paciência se acabe e por fim, você o atinge com uma ofensa pessoal, que é um evidente sinal de derrota em uma discussão. Fora isso, o mundo está repleto de idiotas, portanto ele provavelmente vai arrebanhar outros idiotas para o seu lado e fazer com que fiquem todos repetindo a mesma frase de efeito idiota e fora de contexto que ele já vinha repetindo, fazendo com que a sua raiva cresça exponencialmente e a ofensa pessoal seja dirigida aos berros descontrolados à horda de idiotas que o cerca. Então você sai pisando firme e fazendo gestos obscenos enquanto deixa pra trás asnos sorridentes, extasiados com a sua raiva. Moral da história: evite os idiotas

Como é bom ser homem

Publicado em 21/09/2005 (http://murronorim.blogspot.com/2005/09/como-bom-ser-homem.html)

Eu admiro as mulheres. Por muitos motivos (alguns bem óbvios), claro, mas principalmente pela trabalheira que elas têm para estarem adequadas aos exigentes padrões estéticos femininos. Elas se machucam fazendo a unha (sempre ouvi mulheres dizendo que as manicures tiravam “bifes” dos seus dedos sem nunca saber o que realmente significava aquilo) e sofrem ao se depilar com um plástico lambuzado com um líquido escaldante que seca na pele, grudando nos pêlos, que são arrancados sem dó. Aliás, é justamente nesses pequenos detalhes que se vê como a sociedade é machista. As mulheres continuam se depilando dessa maneira arcaica e nenhuma grande empresa (Polishop não conta, seus produtos não funcionam) se preocupou em diminuir o sofrimento feminino. E este sofrimento não para por aí. São dezenas de cremes e loções que devem ser usados diariamente em um ritual quase que religioso, cuidado excessivo com o cabelo e, francamente, eu já beijei mulheres com batom e brilho nos lábios para saber que aquela porcaria que deixa os lábios emborrachados incomoda bastante, não importa se vem com gostinho de morango, uva ou maçã. Reconheço que as mulheres sofrem, mas francamente, eu não gostaria de ver um tufo de pêlos debaixo dos braços da minha esposa toda vez que eu fosse abraçá-la, nem acordar nas manhãs de domingo e perceber que existem quatro pernas peludas na cama. Duas já bastam e que sejam as minhas. Tudo bem que maquiagem não é algo tão essencial, mas quando se trata de bigode, só pode haver um: o meu. Posso até estar soando meio machista (a quem eu quero enganar, eu sou mesmo meio machista), mas se tem algo que eu não gosto em mulheres são pêlos. Pêlos são sinal de testosterona e não quero andar por aí com mulheres com mais testosterona do que eu. Faço questão de ser o macho alfa. E eu pensei nisso tudo hoje, quando percebi que a minha barba está me incomodando e que eu preciso fazê-la. Faço a barba umas duas vezes por semana e já acho uma merda, vejam como é. E olha que, diferentemente da indústria da cera quente, a indústria do barbear evoluiu. O posicionamento das três lâminas do gilete que eu uso foi algo arduamente estudado e planejado para deixar o meu barbear macio. Como é bom ser homem.

Advogado do Diabo

Publicado em 20/10/2005 (http://murronorim.blogspot.com/2005/10/viva-o-povo-brasileiro-2.html)

Não sou do contra, como a minha família afirma. Apenas não me deixo enganar pela opinião de qualquer maioria. Venho, por meio deste post, defender George W. Bush. Não sou seu amigo, não nutro nenhuma simpatia por ele. Defendo-o pois me incomoda o fato de pessoas públicas e influentes do “intelectualismo” brasileiro como Arnaldo Jabor, por exemplo, tratarem o sujeito como um carrasco do bem-estar mundial. Acredito eu, que o governo de Bush se caracteriza muito mais por incompetência e idéias a meu ver retrógradas do que por más intenções. Ele foi incompetente, por exemplo, diante do socorro às vítimas do Katrina. Mas em dois dos aspectos que lhe rendem mais críticas, eu não acho que ele tenha agido mal. São eles:

1 – Guerra do Iraque: Não acho que ele tenha agido mal em declarar guerra ao Iraque. Saddam Hussein é um monstro malvado que deveria mesmo ter sido deposto a qualquer preço. Acho até engraçado que as mesmas pessoas que criticam Bush por ter declarado guerra ao Iraque não critiquem os aliados por terem declarado guerra ao eixo. É muita ingenuidade pensar que Churchil e os outros tinham somente a intenção de salvar o povo judeu, afinal, salvar o povo judeu veio como desculpa (e que bela desculpa, principalmente se for levado em conta que o anti-semitismo era moda na Europa naqueles tempos, vide caso Alfred Dreyfus, na França alguns anos antes) para frear o avanço tecnológico, comercial e bélico dos alemães. Trocando em miúdos, eliminar a concorrência. Toda a ação bélica da segunda guerra mundial foi motivada por dinheiro. Muitos até consideram absurdo que eu compare Hitler com Saddam, mas a única diferença entre os dois está no abismo de competência que os separa. Hitler era muito mais competente que Saddam, levou muito mais adiante as suas idéias loucas. Hitler perseguiu e matou milhões de judeus usando métodos de assassinato em massa. Saddam perseguiu e matou milhares de curdos, usando métodos de assassinato em massa. Hitler invadiu outros países com absoluto sucesso, tomando o poder em questão de dias. Saddam duelou com o Irã por 8 anos e depois invadiu o pequeno Kuait em busca de petróleo Por causa disso o seu povo sofreu com mais de uma década de sanções econômicas. Enfim, guardadas as devidas proporções, Saddam cometeu as mesmas atrocidades que mais marcaram a carreira político-diabólica de Hitler. Se os EUA invadiram o Iraque pensando no petróleo, pouco me importa. O que importa é que sujeitinhos como Saddam não imperem em canto algum do mundo, nunca mais. Eu aceito a desculpa Norte-Americana, assim como aceito a desculpa aliada e da mesma forma estou louco para que uma potência bélica arrume uma bela desculpa para invadir a Coréia do Norte e mais alguns poucos países. Prova maior de que o governo Bush é incompetente e não carrasco está no fato de não ser ampliado o contingente que garante a segurança no Iraque.

2 – Protocolo de Kioto: Não me surpreende que George W. Bush não tenha assinado o protocolo. Antes que surjam críticas de ativistas e bem-feitores em geral, eu não sou a favor da poluição que o protocolo tenta frear, tampouco do desmatamento de florestas e da extinção de espécies (embora eu deva admitir que me agrada a idéia da extinção dos pernilongos que não me deixam dormir). Quero ver o planeta em harmonia, people. Porém, é impossível atender às exigências do protocolo de Kioto mantendo o nível de desenvolvimento e consumo atingido nos EUA ou em qualquer país desenvolvido. Seria muito fácil para George W. Bush assinar o protocolo só por assinar (como fizeram os outros países potencialmente poluentes) e não tomar nenhuma medida eficaz para reduzir a poluição no planeta. Crescimento econômico nos nossos tempos significa poluir. Somos todos uns sujos poluidores quando aceleramos os nossos carros, usamos desodorantes spray que contém CFC e quando, rotineiramente, fazemos uso de milhares de coisas que poluem o planeta durante o seu processo de produção. Bush foi honesto quando disse que seria impraticável assinar o protocolo de Kioto e seguir com as nossas vidas modernas normalmente. Poluir não foi uma escolha de Bush, foi uma escolha nossa quando decidimos não mais usar carroças para nos locomover e viver medievalmente. Ele foi a voz do povo, não reclamem. E não adianta falar que ele poderia comprar as “cotas de poluição” de países pobres porque, além de ser uma das coisas mais ridículas que eu já ouvi, condenaria os países pobres a uma pobreza eterna. A maneira mais eficaz de se combater a poluição do planeta e o aquecimento global é investir em novas pesquisas, que buscam fontes alternativas de energia, coisa que os EUA fazem mais do que qualquer outro país do mundo. E tenho dito.

Regina, eu te odeio!

Publicado em 09/02/2006 (http://murronorim.blogspot.com/2006/02/regina-eu-te-odeio.html)


Alemanha, 2006. Este será o cenário do maior evento esportivo do ano, a Copa do Mundo de futebol. Trinta e duas seleções disputarão a taça, apenas um capitão irá erguê-la no final da competição. Em 2002 esse homem de muita sorte foi Cafu. Eu gosto do Cafu. Acho um bom lateral, não sou nem tão contra assim a sua condição de titular da seleção. Difícil para mim é concordar com o fato de Cafu ser o capitão da seleção brasileira. Pra começar, já não se vê liderança alguma de Cafu dentro do campo. Não é um jogador que fala, não puxa um time pra frente. Não é um líder. Por fim, Cafu é um egoísta. Cafu é um paspalhão. Jamais vou perdoar o gesto de Cafu ao erguer a taça em 2002. Aos olhos dos mais desatentos, Cafu foi um romântico. Aos meus olhos, Cafu foi um idiota. As palavras dele segundos antes de levantar o troféu foram “Regina, eu te amo!!”. Cafu usou os holofotes do mundo, usou a condição de capitão da seleção brasileira, usou o suor de seus companheiros para homenagear a sua amada esposa no momento mais impróprio. Talvez ele tenha se esquecido que a taça em si não é dele. É do povo brasileiro, que torce como nenhum outro para o sucesso da sua seleção. É do povo que pára totalmente suas atividades quando há jogo do Brasil na copa do mundo. É do povo a taça, não de Cafu. Em momentos como estes, que se repetiram para a nossa seleção mais do que para qualquer outra do mundo, foram exemplares os capitães Bellini, Mauro e Carlos Alberto Torres. Levantaram a taça com o respeito necessário a esta ocasião. Até mesmo Dunga fez muito melhor do que Cafu. Pra quem não se lembra, as palavras de Dunga ao levantar a taça foram “É nossa, porra!” e um mais velado “É pra vocês, seus traíras”, em um desabafo destinado ao povo brasileiro. É incontestável que a seleção tetracampeã do mundo foi a que saiu do Brasil com o maior índice de rejeição da história. Ninguém acreditava na seleção de Parreira em 94, todos os jogadores (exceto Romário), especialmente Dunga, cujo fracasso na copa de 90 ficou conhecido como “a era Dunga”, eram duramente criticados. Dunga chamou o povo brasileiro de traíra, mas em momento algum ele pensou que aquele momento fosse seu. Aposto que sequer passou pela sua cabeça ser o protagonista de algo lastimável como o gesto de Cafu. Até mesmo por respeito a todos os outros que usaram a braçadeira de capitão da seleção mais vitoriosa do planeta em copas do mundo, Cafu não merece ser o capitão. Ele ama Regina, não ama a pátria.

Minha visão sobre Céu e Inferno

Publicado em 08/04/2006 (http://murronorim.blogspot.com/2006/04/minha-viso-sobre-cu-e-inferno.html)

Algumas pessoas ficam chocadas quando digo que venderia a minha alma ao capeta para assistir a um show do Led Zeppelin na sua formação original (o que não é mais possível, o baterista morreu no começo da década de 80). Perguntam-me se eu não tenho medo de arder no mármore do inferno. Ora, pra começar, eu jamais falaria isso se realmente acreditasse que, assim que terminadas as minhas palavras, o demônio fosse surgir na minha frente com um contrato na mão, escrito em letras miudinhas, que eu assinaria sem ler. E eu digo mais: eu não acredito no satanás. Não acredito no inferno do jeito como ele é descrito. Na minha concepção, as coisas funcionam de uma maneira diferente após a morte. É claro que os pecadores não ficam no mesmo lugar dos embaixadores da paz. Eu imagino o Paraíso com três divisões, cujo nível dos freqüentadores varia conforme a sua bondade em vida. A primeira divisão é formada por quem Deus quer lá, independente da bondade da pessoa. Quem manda é Ele e não é necessário dar satisfações a ninguém. Jesus Cristo está lá, assim como os apóstolos, o casal Maria & José, anjos, gente que Deus acha útil para o andamento do Paraíso, etc. A segunda divisão é formada por pessoas MUITO boas, como Madre Tereza de Calcutá, por exemplo. A terceira divisão é formada pelos bonzinhos, que cometeram lá seus pecados, mas não foi nada grave. E aí você me pergunta: e quanto aos pecadores, aqueles que se dedicaram a foder os outros durante a vida sem se importar com o que vinha depois? Eu acho que estes nascem de novo, pra tentar novamente, a sorte aqui na terra. Aí varia de cada um pra cada um. Quem quase conseguiu entrar na terceira divisão, mas escorregou em alguns detalhes, nasce de novo em algum país escandinavo ou qualquer principado europeu. Quem foi mais ou menos, não chegou muito perto e nem ficou muito longe, nasce de novo em um país mais ou menos, algo parecido com Portugal, quiçá o Chile. E quem tocou o puteiro na outra vida nasce em um país de merda. Coréia do Norte, Cuba, Irã e uma meia dúzia de países africanos são, hoje em dia, os maiores castigos que um filho da puta pode receber. A lista de países varia de tempos em tempos. O que hoje é a Coréia do Norte, outrora foi a China. Essa é a minha visão de inferno. Não existe o tinhoso, somos todos administrados pela bondade do Senhor, que ao invés de nos condenar, por pecados cometidos em uns poucos anos de vida, a uma eternidade em um lugar quente, feio, fedido e onde maus-tratos físicos são regra, nos dá outra chance para sermos bonzinhos, ao menos uma vez, para entrar para o Céu, onde tudo é legal e as coisas que você quer se materializam assim que desejadas, com restrições feitas a quem está na terceira divisão. E mesmo quem consegue chegar à terceira divisão, tem o direito de tentar de novo, entrar para o seleto grupo da segundona, voltando a Terra e ainda escolhendo onde quer nascer, veja só. Tudo muito organizado, tudo muito bom, tudo muito legal. Agora a conclusão: seja bonzinho, você não sabe a merda que é viver na Coréia do Norte. Aqui se faz, aqui se paga, nem que seja em outra vida, mané.

Preconceito Reverso

Publicado em 28/04/2006 (http://murronorim.blogspot.com/2006/04/preconceito-reverso.html)

Já não é de hoje, eu venho observando isso que eu chamo de preconceito reverso: antigas minorias oprimidas se voltam contra seus opressores, discriminando e estereotipando aqueles que outrora lhes discriminaram. São casos como o do chefe negro só contratar outros negros para cargos de chefia (visto no canal de televisão que Netinho montou ou pretende montar, não sei a quantas anda o seu projeto), o rapper favelado ter ódio pela Daslu ou o nordestino detestar o paulista (como aconteceu aqui no blog). Preocupa-me esse tipo de preconceito justamente porque ninguém o vê com maus olhos, como deveriam ser vistos, inventando uma guerra classista, onde só a minoria tem liberdade para agredir. Ninguém julga o Marcelo Yuka por ter dito o que disse sobre a Daslu, ninguém julga a baiana que entrou aqui pra falar que eu sou “daqueles paulistinhas, de classe média que senta a bunda na poltrona e acha que está mudando o mundo num tecle”. Eu não sou paulista, moro em São Paulo há quase dois anos e antes disso morei em Salvador por mais de quatro anos. Já cansei de ver baianos se referindo a paulistas de maneira pejorativa assim como já vi paulistas se referindo a baianos da mesma forma. O que às vezes confunde e incomoda (não digo que totalmente sem razão) é que aqui em São Paulo, o "baiano" é uma gíria, não expressando necessariamente preconceito ao grupo de pessoas nascidas na Bahia. Morei também no Rio de Janeiro e posso dizer que o “baiano” daqui de São Paulo é equivalente ao “paraíba” de lá, sendo que a última não é vista como preconceito regional. Sustenta a minha tese o fato de esta gíria ser usada pelos garotos de Malhação sem que isso se transforme em um escândalo. Outra coisa que pude perceber nas minhas andanças pelo Brasil é que, quando o baiano fala mal do paulista, ele encontra com facilidade outros baianos igualmente raivosos e igualmente instruídos para defendê-lo no seu ponto de vista preconceituoso, como se preconceito fosse só o ato praticado daqui pra lá ou como se preconceito se combatesse com mais preconceito. Já cansei de ter que me defender de bandos que atacavam o estilo de vida “sulista”, representado pelo paulista, mesmo sendo eu nascido em Minas Gerais, um estado neutro nessa celeuma. Não sou um defensor do manual do politicamente correto, não mesmo! Mas é muito fácil de identificar pra quem ouve ou pra quem lê o que é preconceito e o que é brincadeira. Acho o preconceito, quaisquer que sejam os atingidos, abominável e concordo com a punição que é dada a este crime no Brasil. Mas acho também necessário que a sociedade comece a ficar atenta àquilo que eu chamo de preconceito reverso, que dá margem ao re-estabelecimento de velhos preconceitos oriundos da maioria, alguns maciçamente superados, colocando grupos em lados opostos, gerando uma guerra social (desculpem se eu soei meio “MST” nessa última afirmação). E eu acho que ninguém quer isso.

Olá! (II)

Seguindo o exemplo do sempre polido, gentil e educado Cabelo, achei conveniente incluir um post para dar as boas-vindas aos visitantes (se é que alguém - além de minha família - vai se dar ao trabalho de entrar aqui nesse espaço tão particular e tão público ao mesmo tempo). Só que, diferentemente do Cabelo, esse sujeito cabeludo e chato - mas educado! -, não vou encher lingüiça (o trema caiu ou não?) com posts antigos. Se alguém quiser fique à vontade para ir até o blog do Véio Gagá ver o que já foi publicado. Aproveito também para dizer que aquele blog continuará a ter alguns posts, sobre assuntos que não necessitam ser tratados aqui.
Sendo assim, sem mais delongas, bem vindos!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Olá

Olá e bem vindos. Estamos começando um novo projeto de blog, escrito a quatro mãos. Tanto eu quanto o Véio tínhamos problemas em manter nossos antigos blogs atualizados, por falta de tempo ou de assunto mesmo. Mas agora são duas cabeças pensando em coisas novas e dividindo as tarefas, o que certamente ajudará a não deixar com que este blog caia no esquecimento como os nossos outros.
A princípio, antes de despejar sobre vocês as muitas idéias que eu tive durante esse um ano e meio sem escrever, vou postar aqui alguns dos meus textos (acho que o Véio vai fazer o mesmo) que gosto mais e estavam no antigo blog. A idéia é que as isso funcione como uma carta de apresentação.
No mais, espero que gostem do novo blog e aproveitem a leitura.

 
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